quinta-feira, 9 de julho de 2009

Homossexualismo no Idoso


Essa situação é complicada por sua própria natureza, tendo em vista que:
A sexualidade dos idosos heterossexuais já não é bem aceita pela sociedade,
A sexualidade dos homossexuais também não é bem aceita pela sociedade, Pior situação é a que se apresenta para os idosos homossexuais.

Os escassos estudos realizados nesta população mostram que o processo de envelhecimento produz as mesmas mudanças sexuais nos homossexuais que no idoso heterossexual. Suas relações e problemas físicos não diferem muito dos que se encontram nos heterossexuais de idade avançada (Lewis, 1998).As relações de longa duração são freqüentes, mesmo que muitos dos homossexuais idosos não revelem publicamente sua preferência sexual. Entretanto, os estudos mostram que nos idosos homossexuais se atenua o medo a serem descobertos. Uma possível explicação seria que o medo anterior estivesse ligado à perda da segurança ocupacional e social, temores que tendem a desaparecer com a aposentadoria ou estabilidade econômica.


Fatores Psicossociais

Para a maioria dos investigadores, a diminuição da atividade sexual na velhice se relaciona tanto com as mudanças físicas do envelhecimento, como com as influências de atitudes e expectativas impostas pelo modelo social, assim como com fatores psicológicos próprios do idoso.

Muitos fatores psicossociais que influem no aparecimento de problemas sexuais nos jovens também podem intervir nos idosos (Schiavi, 1995). Existem numerosos problemas que impedem que o idoso mantenha uma atividade sexual continuada.O primeiro fator é a própria atitude do idoso diante das mudanças fisiológicas normais do envelhecimento. Diz um ditado que “envelhece-se como se viveu” e, de fato, o idoso terá tão maiores problemas de adaptação à sua condição de vida, quanto mais dificuldades de adaptação tiveram em tempos anteriores.
O progressivo aumento do período entre as ereções e a maior dificuldade para consegui-las, pode produzir uma ansiedade crescente no homem, e esta ansiedade prejudicará ainda mais sua capacidade de resposta sexual. Completa-se um círculo vicioso mantido pela ansiedade. O mesmo sucede com a dispareunia de introdução nas mulheres devida à diminuição de estrógenos pós-menopáusica. A dor na relação (dispareunia) provoca ansiedade antecipatória com conseguinte aumento da dor, também formando um círculo vicioso difícil de romper (Serna, 1996).Nossa sociedade costuma medir a atividade sexual segundo o coito e, como a freqüência com que este ocorre é menor na velhice, muitos idosos optam, progressivamente, pela abstinência. Mas o coito não esgota as possibilidades sexuais. O que ocorre é que grande número de idosos se nega a modificar seus costumes e não aceitam variar a atividade sexual. Além disso, muitas mulheres receberam um tipo de educação, na qual se rejeitava a necessidade do prazer feminino, resultando no acanhamento e escassez com que elas tomassem a iniciativa da atividade sexual.Diante de alguma doença crônica, mesmo que esta não afete diretamente à capacidade sexual, o medo e a atitude negativa ante os problemas da idade limitam mais ainda a atividade sexual tanto dos homens como das mulheres.
Outra limitação importante da sexualidade, é a disponibilidade do(a) parceiro(a) e sua capacidade para manter relações sexuais (Delo, 1998). Entre os idosos existe um desequilíbrio numérico a favor das mulheres, que representam dois terços da população de sua idade com menor disponibilidade de homens. Nesse caso, a ausência de atividade sexual se relaciona, diretamente, com a não existência de um parceiro estável.
A sociedade, por sua vez, não contribui para que as pessoas idosas possam manifestar livremente sua sexualidade, seja pelo contundente negativismo cultural no que diz respeito ao sexo na velhice, seja no reflexo de uma simples atitude de rejeição do indivíduo pelo fato de ser idoso. Como a sexualidade no idoso não pode ser associada à procriação, muitas vezes, até por questão religiosa, há uma tendência a negá-la ou, ao menos, torna-la um tema tabu. Com essas e mais aquelas, algumas pessoas de idade avançada têm tomado para si o estereotipo cultural negativo da pessoa anciã como um inválido assexuado.

Muitas vezes esse peso da cultura se faz sentir no próprio idoso, que pode se negar a relacionar-se com outros companheiros de idade, inibindo assim qualquer manifestação sexual. Outro feito que pode ocorrer devido à pressão social, são os sentimentos de culpa no indivíduo de idade avançada por experimentar desejos sexuais, o que inibirá totalmente todos os aspectos de qualquer expressão sexual.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Regras para melhorar o sexo na Terceira Idade

1 – Manter durante toda a vida uma prática sexual contínua e equilibrada (nunca é tarde para começar).
A regra diz: quanto mais atividade sexual maior a possibilidade de se manter desta forma, quanto menos sexo menos vontade e a freqüência diminui. O equilíbrio no relacionamento sexual quando jovens é mantido com o passar dos anos. O importante é ter uma vida sexual regular. Se para a mulher jovem é importante a prática sexual com regularidade, para a idosa isso é ainda mais necessário, pois seu desempenho sexual depende muito mais da regularidade.

2 – Cuidar do estado geral da sua saúde. Muitas doenças próprias da terceira idade abalam as respostas sexuais e muitos sintomas sexuais são sinais de outras doenças que o médico urologista deve sempre pesquisar. Devem ser evitados fatores que diminuem a sua saúde (álcool em excesso, o fumo, diminuir a ingestão de colesterol, sal, o excesso de açúcar e principalmente diminuir o stress e a ansiedade).
3 – Conhecer e adaptar-se ás mudanças fisiológicas vindas com a idade (como menor freqüência de coitos; mais relaxados; mais afetivos; mais prazerosos).

4 – Cuide de sua aparência. O banho contínuo, o barbear-se, o perfume, o penteado, roupas limpas e cheirosas fazem parte da expressão da nossa sexualidade. Temos que nos amarmos e nos sentir atraentes para poder dar e receber amor.
Adaptações sexuais necessárias e que ajudam na sexualidade:
a) Mais (aptidões manuais e tácteis: Dar mais valor para carinhos, beijos, agrados, etc., nem sempre tendo como resultado o coito). O poder do carinho e do beijo é muito grande e deve ser sempre valorizado e praticado. Não tenho vergonha de acariciar ou beijar seu parceiro. A idade chegou, mas o seu poder de dar e receber prazer permanecer como quando jovem;
b) Evitar cobranças: A cobrança de si mesmo ou de seu parceiro em relação ao seu desempenho traz conseqüências muito negativas nas respostas sexuais. Porque não parar a relação no meio ou desistir do orgasmo ou da ejaculação. Se você estiver satisfeito assim, tudo bem. Não se cobre demais, não cobre demais de sua parceira;

c) Imaginação: muito necessária para aprimorar as relações sexuais e ter a cada dia maior possibilidade de prazer;

d) Fantasias sexuais: também ajudam a melhorar a sexualidade dos casais. Não é necessário se ter orgasmo para se ter prazer. Use a imaginação para um carinho com um tecido, com um creme ou óleo. Ouse e com certeza você terá uma resposta positiva das sua ou sua parceira.

Dr. Celso Marzano
Urologista, Sexólogo e Terapeuta Sexual.